sábado, 30 de outubro de 2010

Esta crise que nos molesta

Da primeira visita do FMI não tenho grande lembrança, a não ser o rombo que as restrições às importações vieram causar na minha colecção de polos Lacoste, pullovers coloridos e calças de ganga americanas.

Eu sonhava, naquele tempo, com uma sociedade justa em que andariamos todos de uniforme de caqui e gola à Mao, assim sendo, o FMI até que poderia servir para acelerar o processo.

Da segunda visita lembro-me, se bem que não consiga precisar o dia em que Teresa Ter-Minassian aterrou em Portugal. Não tenho grandes queixas, ainda para mais sendo eu uma pobre funcionária pública não me contemplaram com o famoso Certificado de Aforro (para aí da classe A), que a esta hora já valeria 5 ou 6 vezes mais. Não senhor, recebi na tesouraria o dinheirinho e gastei-o em coisas que certamente agradaram ao meu gosto de escriturária-dactilografa.

Para a próxima vou estar de olho nos Kamones que hão-de vir para ver o que vai acontecer. Não ao meu pecúlio, nem ao meu pré, mas à tentativa de tornar este país habitável.